Factfulness: o livro recomendado por Bill Gates
Se é finalista do liceu em alguma escola dos Estados Unidos da América, estará prestes a receber um presente de Bill Gates. Leitor assíduo e apaixonado, o cofundador da Microsoft rendeu-se ao livro Factfulness de Hans Rosling, afirmando mesmo ser “um dos mais importantes livros” que já leu, oferecendo-o a todos os finalistas.
Hans Rosling morreu há cerca de um ano, mas, segundo Bill Gates, “Hans trabalhou no livro até aos seus últimos dias de vida (chegando mesmo a levar vários capítulos com ele para o hospital). Foi o seu filho Ola Rosling e a nora Anna Rosling que o ajudaram a terminá-lo, após a sua morte”.
Em Factfulness, o autor revela os dez instintos que distorcem a nossa perspetiva sobre a forma de ver o mundo. Há o instinto de fosso, negatividade, linha reta, medo, tamanho, generalização, destino, perspetiva única, culpa e urgência. Mas em todos eles, Hans Rosling dá-nos a solução “para a cura”. Quase como um guia indispensável para pensar claramente acerca do mundo. Tal como o próprio admite, é complicado superar instintos que estão tão intrínsecos no ser humano, mas é possível.
Além de Bill Gates, também Barack Obama afirmou que o autor “escreveu um livro cheio de esperança no potencial de progresso humano, se prestarmos atenção aos factos e esquecermos os nossos preconceitos”
Se quer melhorar a sua visão do mundo – mas não é finalista nos Estados Unidos – saiba que este livro encontra-se disponível no nosso Centro! Leve-o para casa e perca-se neste mundo factual de Hans Rosling.
Até lá, deixamos-lhe alguns excertos desta obra de Hans Rosling, onde o autor acha que estamos errados acerca do mundo – e porque as coisas estão melhores do que pensamos.
“Este capítulo é acerca do primeiro dos nossos dez instintos dramáticos, o instinto do fosso. Estou a falar dessa irresistível tentação de dividirmos todos os tipos de coisas em dois grupos distintos e frequentemente adversos, com um fosso imaginário entre eles. É acerca de como o instinto de fosso cria uma imagem na cabeça das pessoas de um mundo dividido em dois tipos de países, ou dois tipos de pessoas: os ricos e os pobres.”
“No entanto, é este o paradoxo: a imagem de um mundo perigoso nunca foi tão eficazmente transmitida do que agora, ao passo que o mundo nunca foi menos violento e mais seguro.”
“E, em vez de conversarmos apenas com as pessoas que concordam connosco, ou de coligirmos exemplos que encaixem nas nossas ideias, devemos contatar com pessoas que nos contradigam, que discordem de nós e que apresentem ideias diferentes como um recurso fantástico para compreender o mundo. Eu enganei-me tantas vezes em acerca do mundo. Por vezes, chocar contra a realidade é que aquilo que me ajuda a ver os meus erros, mas frequentemente acontece-me quando falo e tento compreender alguém com ideias diferentes.”